Foram exatos 11 meses de agonia, ansiedade e incertezas. Mas em nenhum momento a torcida deixou de acreditar. Como prêmio, viu neste ensolarado e 'abafado' sábado, dia 7 de novembro de 2009, o Vasco confirmar com quatro rodadas de antecedência o seu retorno à elite do futebol nacional. Em jogo tenso no Maracanã, o time cruzmaltino venceu por 2 a 1 o Juventude, chegou a 70 pontos e agora tem como único objetivo na temporada buscar o título da série B.
"Esse sentimento é algo inexplicável. Foi um ano de agonia, a ferida estava aberta, doendo, mas em nenhum momento a torcida nos abandonou, deixou de nos apoiar. Estou muito feliz, eles merecem", disse Carlos Alberto.
A situação dos gaúchos está longe de ser confortável. Com 40 pontos, a equipe segue na luta contra o rebaixamento. Ambas as equipes voltam a campo na terça-feira. O time carioca encara o Campinense, no Estádio Ernani Sátiro, em Campina Grande, enquanto o Alviverde recebe a Portuguesa, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul.
A semana foi coberta por expectativas do lado cruzmaltino. O técnico Dorival demorou a confirmar a formação da equipe e acabou divulgando a escalação somente na sexta-feira, dia em que a torcida compareceu em peso ao treinamento. Assim como no jogo deste sábado, quando 81.904 espectadores acompanharam o retorno cruzmaltino ao quadro dos vinte melhores clubes brasileiros.
Mesmo sob muita ansiedade, o Vasco iniciou bem a partida. Seguro, não errava passes e mostrava um princípio de domínio territorial. O Juventude, que antes do jogo admitira o empate como bom resultado, comprovava isso em campo. Com muitos jogadores recuados, a equipe gaúcha tinha uma única arma: contra-ataques.
Aos poucos, os visitantes foram se soltando, mas a coragem custou caro. Após uma boa trama pela esquerda, o Vasco abriu o placar, com Adriano. O lance gerou grande revolta entre os jogadores alviverdes. Isso porque antes de o atacante finalizar a gol, seu companheiro Elton havia ajeitado a bola com a mão. O Juventude acusou o golpe, deixou o ritmo cair, mas mesmo assim os anfitriões não aproveitaram para ampliar.
Na volta do intervalo a equipe de Caxias do Sul parecia mais ligada e equilibrou as ações. Aos 18, o ex-flamenguista Irineu subiu bem e empatou. Mas tinha muita emoção por vir. Dois minutos depois, Adriano apareceu na área, passou pelo goleiro Juninho e foi derrubado. Pênalti. Como o Juventude já havia feito três substituições, coube a Mendes assumir o posto entre as traves. Na cobrança. Carlos Alberto colocou no canto direito e o goleiro improvisado nem se mexeu. Atônito, apenas desabou.
Com um a mais, o time carioca montou acampamento no campo adversário, mas pecou pela falta de objetividade. Apesar disso, o placar já tinha seu destino traçado. Os minutos foram passando e encerrando a distância entre o Vasco e a Série A. Acabou a tortura, acabou o sofrimento. Com o sentimento sempre em curso, o Cruzmaltino está de volta.
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