A esperança do Vasco foi frustrada. Em julgamento realizado nesta terça-feira, o Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) decidiu negar o pedido de recurso e manter a decisão de tirar seis pontos do clube na Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual do Rio de Janeiro [a punição ocorreu em decorrência da escalação supostamente irregular do meia Jéferson na derrota por 2 a 0 para o Americano]. O Cruzmaltino recebeu sete votos contra e apenas um a favor. Desta maneira, o Vasco está fora da competição e não participará das semifinais. A fase seguinte terá os seguintes confrontos: Flamengo x Resende, provavelmente no sábado de Carnaval, e Botafogo x Fluminense, na Quarta de Cinzas.
Assim como já era comentado, o clube de São Januário deve recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar reverter o resultado. O departamento jurídico cruzmaltino afirmou que poderá paralisar o Estadual.
"Esta foi uma situação que eu jamais poderia esperar. O Vasco cumpriu com seu papel e buscou a classificação dentro das quatro linhas. O Tribunal é autoridade máxima e precisamos respeitar", disse o presidente do Vasco, Roberto Dinamite.
Com a definição do julgamento, o Vasco terminou, então, como sexto colocado do grupo A da competição, com oito pontos. O Resende, com dez, ficou em segundo, atrás do líder Fluminense, que somou 11.
Vasco pode ser excluído do campeonato
Durante o julgamento, o relator Sérgio Saraiva indicou que o clube pode ser incurso também no artigo 231, que poderia causar a exclusão do Vasco do Estadual e ainda o pagamento de uma multa [de R$ 50 mil a R$ 500 mil].
"O processo vai ser encaminhado para a Secretaria do Tribunal e vai ser ecaminhado para a Procuradoria, que vai analisar uma possível violação do código 231", salientou o presidenten do TJD-RJ, Antônio Vanderler de Lima.
O julgamento que manteve a perda de seis pontos ao Vasco foi marcado por momento tensos e engraçados. Antes da sessão, o advogado do Fluminense, Mário Bittencourt, teve uma discussão áspera com o assessor jurídico da presidência do Vasco, Luiz Américo Chaves. Ambos se seguraram para que o pior fosse evitado dentro do plenário.
Quando começou o julgamento, a advogada que representou o Vasco (juntamente com Oswaldo Sestário), Mariju Marciel, com um discurso empolgante, falando de forma firme e olhando na cara dos auditores, foi motivo de piada. "Não estou acreditando no que estou vendo", disse um dos presentes.
Logo depois, a palavra foi dada a Mário Bittencourt. Durante o seu discurso, o advogado do Fluminense comentou algumas matérias de jornais para defender a sua tese e ouviu piadas do tipo. "Virou agora advogado de jornal?". Em seguida, citou um trecho do livro Pequeno Príncipe, do escritor francês, Antoine de Saint-Exupéry. "Ah, só pode estar de brincadeira. Isso não existe".
Entre alguns comentários irônicos e pedidos de silêncio, o julgamento foi seguindo normalmente. Voltou a ser tenso novamente quando o presidente Antônio Vanderler de Lima expulsou o repórter Cícero Mello, da ESPN Brasil, que falava ao telefone.
No fim, antes mesmo de todos os votos, mas já com a derrota do Vasco, alguns "advogados-torcedores" cruzmaltinos, deixaram o local culpando o Fluminense pela derrota nos tribunais. "Por isso que é timinho, não ganha nada. Time de terceira divisão mesmo", esbravejou.
Um conselheiro do Vasco, que faz oposição a Roberto Dinamite, logo retrucou. "A culpa não é do Fluminense. A culpa é dessa atual diretoria, totalmente incompetente e que não consegue ganhar nada. O Fluminense não tem nada com isso", rebateu.
Do lado de fora do tribunal, cerca de 50 cruzmaltinos ficaram de plantão desde o início do julgamento. Na saída de Roberto Dinamite, o tradicional "casaca" foi cantado na esperança que agora, o STJD devolva ao Vasco o direito de seguir disputando a semifinal da Taça Guanabara.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
TJD-RJ nega recurso, e Vasco está mesmo fora da Taça Guanabara
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